Quando observamos diferentes obras de arte, não
devemos esquecer que são produzidas num
determinado momento da história da humanidade,
num determinado país, em uma certa sociedade,
que por sua vez possui suas crenças, valores,
hábitos.
E, mais do que isso, não devemos nos
esquecer de que os valores de uma sociedade
mudam com o tempo.
Certamente, nós não
pensamos mais como os brasileiros que viveram
há cem anos.
Na sala de aula, esse talvez seja um dos objetivos
do professor: estudar com seus alunos diferentes
objetos artísticos, sob diferentes pontos de vista.
Objetos artísticos produzidos hoje, produzidos em
um passado distante, em um passado remoto, em
nosso país e também por outras culturas do
mundo.
A arte, como alguns outros sistemas
comunicativos, tem essa preocupação histórica:
muitas pessoas envolvidas na produção ou difusão
de uma obra de arte sabem que esses objetos estão
tratando de temas humanos ao longo do tempo.
Por isso, conhecem e respeitam a tradição, aquilo
que já foi feito por outros seres humanos em
outros momentos. NA dúvida sobre qual caminho seguir quando for pensar no TCC, você deve sempre ter em mente que o tema do tcc é importante, mas a elaboração do mesmo dentro das normas da ABNT é que realmente conta.
Retomemos a questão da beleza. Para muitos de
nós, a beleza tem como pressuposto a nossa
compreensão imediata.
Quando vemos um quadro
com rosas vermelhas em um belo vaso, admiramos
a capacidade do artista para construir uma
representação tão próxima do real.
Mas o que muitos não sabem é que essa
capacidade de “imitar” a realidade de forma
realista já foi manifestada por uma série de
artistas a partir do século XVI. Um artista
chamado Leonardo da Vinci, em 1503, pintou
um quadro denominado Mona Lisa, que é
provavelmente o rosto de uma mulher daquela
época.
Faz sentido um artista apenas continuar, nos dias
de hoje, a fazer quadros como há quinhentos
anos? E onde é que fica a criatividade, a
inquietude?
O grande dilema da arte é que ela pressupõe de
seu espectador o conhecimento da história. E, nos
dias de hoje, tão centrados no trabalho e na
diversão, ou seja, no imediato, a arte acaba sendo
um sistema com pouca penetração direta na vida
da maioria das pessoas.
É difícil imaginar um brasileiro que nunca tenha
ouvido falar em novela de televisão.
Há muitos
homens que dizem que “novela é coisa de
mulher”, mas o fato é que todo mundo, vez por
outra, acompanha algum capítulo de alguma
telenovela.
É muito comum, mesmo, ouvirmos ou
participarmos de discussões sobre alguma cena de
novela, algum tema que tenha sido tratado ou o
destino que achamos bom para esta ou aquela
personagem.
Mas é curioso como podemos falar
sobre uma novela de televisão a partir dos mais
variados pontos de vista.
Às vezes, um assunto da novela pode nos levar a
pensar se aquilo é certo ou errado e a emitir
julgamentos ou opiniões sobre os comportamentos
e idéias que nos são passados.
Outras vezes, temos
reações absolutamente emotivas, podemos até
chorar ou ficar com raiva de um vilão que está
fazendo o nosso herói ou heroína sofrer naquela
história.
Mas um fato parece ser claro para todos
nós: diante de uma telenovela, nós
compreendemos o que se passa. Todas as histórias
de novela são ficções; não vemos ali fatos e
pessoas reais, no entanto, somos capazes de
acompanhar o que acontece com as personagens
que estamos seguindo.
Essa capacidade de ser compreendida é tão forte
na telenovela que, mesmo quando não assistimos a
alguns capítulos, somos capazes de compreender o
que se passa.
E por que isso acontece?
Como uma história
inventada, que se divide em tantos capítulos, pode
ser tão facilmente acompanhada pelas mais
diferentes pessoas, com diferentes níveis de
escolaridade?
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